sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Experiência transformadora

Hoje tive uma experiência muito boa. Quer dizer, ontem e hoje. Tem uma casa de leilões aqui em Brasília que estava leiloando objetos e obras de arte, casa essa que eu visitei. Entre as obras havia esta pintura: http://www.casaamarelaleiloes.com.br/leiloes_2009/dezembro/+/pages/9535.html

Tinham outras também, inclusive uma holandesa do século XVII fenomenal, coisa de museu:
http://www.casaamarelaleiloes.com.br/leiloes_2009/dezembro/+/pages/9566.html

As fotos, claro, não fazem jus à qualidade dos trabalhos.

Mas ao ver aquela Pintora, eu senti toda a leveza, a alegria e o bem-estar que o artista quis transmitir. Acho que é uma das melhores pinturas que eu já vi, no que se refere a atingir objetivos: tudo nela contribuía para a sensação de leveza, de frescor, de alegria: desde a composição às pinceladas. Mas também me fez sentir um amador, um pária. O artista conseguiu me comover, e eu não consigo fazer isso. Essa pintura me fez perceber como é nocivo viver num lugar sem museus de verdade, porque a gente nunca tem uma experiência real de desfrutar de boas obras de arte. Nem de ser inspirado por elas, ou aprender com elas. Mas se teve um lado bom, foi me provar mais uma vez que a arte é capaz de tocar o coração.

[Marcelo Gonczarowska Jorge]

P.S.: Me pergunto se a UnB não devia adquirir essas obras, incorporar ao patrimônio da instituição. O que é feito com o dinheiro da universidade, do nosso departamento? Não seria o caso de propiciar oas estudantes de arte o contato direto com obras de arte desse nível? É possível ensinar arte a alguém sem que esse indivíduo tenha contato com obras reais, ao invés de confiar eternamente em reproduções impressas que mal enchem a palma de uma mão?

Nenhum comentário:

Postar um comentário