quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Flaac será parte das comemorações dos 50 anos da UnB


Brasília terá de volta em seu calendário um dos maiores festivais de cultura que já sediou. Depois de uma lacuna de mais de 20 anos, a Universidade de Brasília relançou nesta quinta-feira, 11 de novembro, o Festival Latino-Americano de Arte e Cultura (Flaac). Responsável por influenciar uma geração de artistas, o Flaac terá a África como parte de sua temática. A previsão é que ele ocorra em setembro de 2012, ano do jubileu da UnB.

As primeiras edições do festival tomaram conta da cidade, distribuindo obras e mostras por todos os espaços culturais disponíveis na época. “Foi um evento internacional que marcou e fez história na UnB e na cidade”, conta a diretora da CAL, Ana Queiroz. “O Flaac abriu um campo de ideias pioneiras na área cultural, mostrando o leque de multiplicidade entre os países latino-americanos e africanos”. A reedição terá novo nome, Festival Latino-Americano e Africano de Arte e Cultura, mas a sigla continua a mesma.

Para o reitor da UnB, José Geraldo de Sousa Junior, o Flaac 2012 será o centro das comemorações dos 50 anos da universidade. “Vamos resgatar o que me parece ser a continuidade de uma experiência da gestão de Cristovam Buarque que representou para a universidade um movimento de verdadeira transformação”, diz. “O Flaac tem o horizonte utópico que não perdemos”.

MEMÓRIA - O vice-chefe do Departamento de Desenho Industrial, Luiz Fernando Las-Casas, participou das duas edições do Flaac. Ele lembra que uma parte do espaço que o curso ocupa atualmente foi conquistada na segunda edição do festival. “Parte do Desenho Industrial nasceu por causa do Flaac, porque houve uma ocupação do espaço no prédio Multiuso”. Las-Casas conta que o momento político da época envolveu os artistas de forma profunda. “Havia muita união”, recorda. “Vivíamos os ventos da nova República. O Brasil estava se conhecendo, se descobrindo”.

Para Ana Queiroz, a universidade ocupou um espaço de protagonismo muito imoprtante com a realização dos dois festivais, um em 1987 e outro em 1989, já que não havia centros culturais importantes. “Nesta edição, nosso desafio será ampliar o Flaac além do plano piloto”, diz. “A própria universidade tem os campi e os núcleos de extensão fora desse eixo”.

A programação e a data do Flaac ainda não foram definidas. Mas é possível que o festival reúna as pinturas da mexicana Frida Kahlo e shows do músico francês Mano Chao e do africano Lokua Kanza.

PROTESTO – Na porta do Anfiteatro 12, no Minhocão norte, onde ocorreu o lançamento oficial do Flaac, alunos do Departamento de Artes Visuais (VIS) fizeram um apitaço em prol da cultura. Com cartazes nas mãos e narizes de palhaço, reclamaram visibilidade para o departamento em que estudam. “A ideia é mostrar que o VIS existe”, explicou Francisco Pinheiro, vice-presidente do Centro Acadêmico de Artes Visuais. “Sentimos que estamos sendo negligenciados. A própria localização do nosso departamento é isolada e contribui para que haja pouca interação com outros cursos”, reclama. Para Francisco, o Flaac ajudará o departamento a ganhar visibilidade dentro da UnB.

fonte unb agência;

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