domingo, 11 de março de 2012

Daquilo que me habita


Bom dia a todos,
Ocorrerá no VIS a realização de workshops dos artistas que participam da exposição Daquilo que me habita no CCBB. 

Os Workshops acontecerão na sala saltimbancos:

Tom Lisboa 20/03 das 8:30 às 12:30
Isabel Caccia 20/03 das 14:00 às 18:00
Matias Monteiro 21/03 das 8:30 às 12:30
Carla Barth  22/03 das 14:00 às 18:00
Lia Chaia 22/03 das 18:30 às 22:30

Daquilo que me Habita propõe intervenções em espaços não convencionais e fora das galerias no Centro Cultural Banco do Brasil

DAQUILO QUE ME HABITA traz oito intervenções que vão ocupar, durante quase dois meses, de 24 de março a 13 de maioas áreas externas do CCBB Brasília. Neste espaço ampliado ao fluxo das pessoas e informações que circulam no CCBB, os artistas foram convidados a pensar macro relações, os ciclos sustentáveis, os ciclos imperfeitos, as formas de convivência, a afetividade, o habitar no sentido mais amplo, o corpo e suas interfaces com o mundo.

Entender as demandas para a sustentabilidade é entender as necessidades do dia-a-dia, do habitar o mundo, vê-lo todo conectado, tudo relacionado-corpo/espaço, corpo/cidade, corpo/natureza, corpo/universo, corpo/corpo. Trabalhar o site specific como campo de investigação, comunicação e mudança aproxima o público em processos imaginativos e emocionais.

O projeto, idealizado e produzido pelo Ateliê Aberto e com curadoria de Maíra Endo e Samantha Moreira, busca atuar nos espaços não usuais do CCBB Brasília: fora das galerias e dos espaços específicos para a montagem de exposições. Propõe a criação de novas possibilidades arquitetônicas, entre fluxos, dando continuidade a uma leitura de conhecimento e reconhecimento. 

A exposição se modifica a partir do trajeto realizado pelo espectador, assim como andar e reconhecer uma cidade, um lugar. A experiência se dá pela sequência de percepções. Como você passeia, quais as suas escolhas meio a tantas informações, tantas possibilidades.

Um nono artista foi convidado a criar a identidade visual do projeto e site, assim como o catálogo ao final da exposição,com documentação dos trabalhos, making of, textos da curadoria, produção e montagem, além de textos de cada artista. 

WORKSHOPS E AÇÃO EDUCATIVA

Os oito artistas participantes oferecerão workshops abertos ao público interessado (crianças, jovens e adultos). Todos eles participaram da elaboração da ação educativa e seu material por meio de uma prática orientada para processos participativos e vivenciais. Cada intervenção e possíveis propostas foram apresentadas pelos próprios artistas à equipe de monitores em um processo colaborativo. Os workshops acontecerão no CCBB Brasília e em outros espaços da cidade, entre os dias 20 e 24 de março. (programa abaixo)


ARTISTAS_PROJETOS

CARLA BARTH (Porto Alegre)
Circulares

A artista propõe uma narrativa visual a partir de elementos e personagens que já habitam seu imaginário como a natureza e referências ao mundo dos quadrinhos com inspiração surrealista, explorando o alto contraste preto e branco em uma imagem gráfica, levando em consideração a escala arquitetônica das estruturas e o fluxo de pessoas no local.

Local: área ao lado do restaurante.
Sobre a artista:
Nascida em Porto Alegre e radicada em São Paulo, começou suas atividades em 2005, juntamente com o Coletivo Upgrade do Macaco. Pinturas, desenhos, murais e esculturas são os suportes que a artista utiliza para criar seu universo onírico e multicolorido. Em seu trabalho é possível perceber a influência da arte naïf, popular, religiosa e clássica, tendo como referências artistas como Sir Anthony Van Dyck, Henry Rousseau e Tarsila do Amaral. Carla tem influência dos textos de Hakim Bay, Guy Debord e André Breton.
carlabarth.com

EDUARDO SRUR (São Paulo)
Acampamento dos Anjos

Intervenção composta de barracas de camping instaladas verticalmente em edifícios e construções. Esta obra foi inspirada pelo salmo “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra”. A percepção de anjos acampados em locais suspensos e a ideia de proteção do espaço permeiam o conceito do trabalho. Durante a noite, a iluminação no interior das barracas transforma visualmente a instalação.

Local: fachada frontal do prédio do CCBB.

Sobre o artista:

Eduardo Srur começou sua trajetória de artista visual com a pintura e, a partir de 2002, passou a investigar novas mídias como a fotografia, escultura, vídeo, performance, instalação e a intervenção urbana. Sua produção atual caracteriza-se por exposições temporárias no espaço público que alteram a paisagem da cidade e questionam o sistema social de forma crítica e bem-humorada. Realizou trabalhos em espaços públicos e instituições culturais no Brasil e exterior. Participou de exposições na França, Suíça, Espanha, Holanda, Inglaterra, Alemanha, Itália e Cuba.

eduardosrur.com.br


CABEÇA NUVEM (São Paulo)
Circuito Nº1: para estar aqui

Circuito nº1 consiste em uma pista de obstáculos semelhantes a aquelas usadas em escolas, nas aulas de educação física, playgrounds, em treinamentos militares ou em programas populares de Tv. Levando em conta os procedimentos artísticos, Igor Vidor e Guilherme Teixeira pensam em como realizar situações nas quais a prática corporal esteja associada a um reflexão intelectual e poética.

Local: gramado atrás do teatro.

Sobre os artistas:
Bacharel em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo e licenciado em Historia em Quadrinhos pela Escola Oficina, Igor Vidor é correspondente brasileiro do site suíço www.vernissage.tv. Teve as exposições individuais “Ateliê Aberto - O Sublime como possibilidade diante da Morte e a representação como impossibilidade de alcance”.  Guilherme Teixeira vive e trabalha em São Paulo. Em 1999 forma-se em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado e em 2010 conclui o mestrado em artes visuais pela Escola de Comunicação e Artes da USP. Desde 1998 atua como educador em diversas instituições culturais. Entre 2007 e 2010 dirigiu a Divisão de Ação Cultural e Educativa do Centro Cultural São Paulo. Como artista apresentou seu trabalho em diversas exposições, coletivas e individuais, desde 2002.

igorvidor.wordpress.com


ISABEL CACCIA (Argentina)
Proyecto Cancán 
A intervenção inclui uma performance que propõe a troca de uma peça íntima por uma pintura de unhas enquanto se manifesta um diálogo mão a mão sobre os desejos pessoais. O material coletado será incluído em uma coleção de meias-calça pertencente a experiências anteriores. As meias rompem-se e perdem sua identidade objetual, logo são estendidas entre as árvores onde se constrói de modo coletivo uma trama pública sem limites definidos.

Local: árvores atrás do teatro.

Sobre a artista:

Isabel Caccia é uma artista multimídia que já realizou exposições individuais e coletivas na Argentina, Alemanha, França, El Salvador, China, Espanha e Brasil e, recentemente, em Montreal, Canadá. Em linhas gerais, seu trabalho encontra-se nos interstícios que vinculam o artificial e a natureza, a busca dos elementos que potencializam o desejo pela vida, em vários suportes artísticos.

LIA CHAIA (São Paulo)
Esqueleto Aéreo
A instalação foi projetada especificamente para o teto do vão livre do CCBB de Brasília, uma vez que este lugar apresenta-se aberto. Esqueleto Aéreo é construída por centenas de bandeiras recortadas nos padrões dos diferentes ossos do corpo humano e estendidas em varais dependurados no teto. A ideia da fragmentação do corpo humano está associada à fragmentação das diferentes unidades de bandeiras. O observador deverá elevar o olhar num movimento de ascensão, para perceber a leveza do ar.
Local: teto do vão livre (entre o café-livraria e a bilheteria).
Sobre a artista:
Formada pela FAAP, em São Paulo, Lia Chaia começa a expor em 1999. Fez parte do Programa Rumos Artes Visuais, edição 2005/2006, do Instituto Itaú Cultural. Esteve na 10° Bienal de Istambul, em 2007. Ganhou a Bolsas Iberê Camargo /Bolsa para a Sala de Arte Publico Siqueiros e Galeria Garash – México, em 2005. Foi premiada com o Programa de Residência/ Artist In Residence Programme- Cité des Arts- Paris – França, em 2003.
liachaia.com

MATIAS MONTEIRO (Distrito Federal)
Todos os lugares me ajudam a esquecer

A proposta configura o deslocamento de um elemento de um espaço e sua inserção em um novo contexto. A placa, como sinalização, indica e significa um lugar. Sua realocação sinaliza o espaço-atribuição "Museu de Arte de Brasília" no CCBB e anula o papel indicação, fazendo da placa um elemento de evocação (de um equipamento cultural da cidade) e de vocação (uma aptidão a ser desempenhada). Trata-se de uma relação nostálgica, um evento memorioso que se inscreve no espaço. O projeto tem o consentimento das instituições envolvidas.

Local: gramado ao lado direito da rampa de acesso ao teatro e galeria 2.

Sobre o artista:


Possui mestrado em Artes e bacharelado em Artes Plásticas pelo Instituto de Artes da Universidade de Brasília. Atua como artista, curador, professor junto a programas educativos em museus e espaços culturais. Exposições Individuais: “(a) notações-paisagem”, Espaço Cultural Marcantônio Vilaça, Brasília, 2011; “Matias Monteiro: objetos, desenhos, instalações”, Espaço Piloto, Brasília, 2006.

matiasmonteiro.blogspot.com

STUDIO PUBLIC COLLECTIVE (Bélgica, França, Espanha, Brasil)
Installation in-situ
Studio Public, coletivo formado por Julie Guiches, Benoit Lorent e Marise Cardoso, realiza instalação especificamente para ocupar o espaço do CCBB após alguns dias de convívio no Distrito Federal. Uma enorme montagem fotográfica trazendo a arquitetura e vegetação de Brasília e subúrbios será plotada sobre o vidro do restaurante do CCBB - que fica no vão livre do edifício. A montagem brinca com escalas, reflexos e com a circulação dos visitantes.

Local: vidro do café-livraria.

Sobre o coletivo:

Studio é uma rede internacional, uma estrutura multidisciplinar de produção e distribuição de imagens que questiona a arte e o modo como vivemos em nossas cidades. Favorece o desenvolvimento de projectos artísticos no espaço público por meio de intervenções com uma forte dimensão local: social, arquitetônica, urbana. Funcionando como um laboratório experimental com dimensões artísticas e sociais, o Studio Public quesiona noções de representação, identidade e imaginário coletivo.

studio-public.org


TOM LISBOA (Curitiba)
Mirando(a)

A intervenção apresenta fotos de pássaros que foram "capturadas" da internet, emolduradas e recolocadas na natureza. Inspirada pelo filme Eu, Você e Todos Nós, de Miranda July, Mirando(a) divide com esta obra cinematográfica pelo menos um conceito: a criação de estratégias para que possamos aceitar certas artificialidades como se fossem naturais.

Local: árvores na entrada no CCBB.

Sobre o artista:

Artista visual, pesquisador de cinema e está radicado em Curitiba desde 2007. Sua produção fotográfica tem sido rotulada por ele mesmo como Fotografia Marginal, por estar "na margem" com outras áreas do fazer artístico, entre elas a literatura, a pintura, o video, a intervenção urbana e a webarte e pelo uso constante de espaços não-oficiais para exibir seus trabalhos. Recebeu o Prêmio Porto Seguro de Fotografia, na categoria pesquisas contemporâneas, com a série polaroides (in)visíveis, e foi mapeado pelo Rumos Itaú Cultural.


IVAN GRILO (Campinas)
Identidade Visual, site e catálogo do projeto.

ivangrilo.art.br



WORKSHOPS

TOM LISBOA
As polaroides (in)visíveis e o descondicionamento do olhar

No projeto de intervenção urbana polaroides (in)visíveis, de Tom Lisboa, as polaroides são feitas sem câmera. Confeccionadas em papel sulfite amarelo, elas trazem, no lugar da imagem, um texto com instruções sobre o que deve ser visto. De forma lúdica, o leitor/espectador embarca numa espécie de jogo em que é preciso explorar visualmente o espaço ao redor para encontrar a imagem da polaroide. Obs: não é necessário levar máquina fotográfica.

Local: VIS/UnB
Data/horário: 20 de março | das 8h30 às 12h30
Público-alvo: interessados acima de 18 anos
Vagas: 25

ISABEL CACCIA
Eco de Prana
Eco de Prana é um espaço onde se encontram as periferias de Miramar (Buenos Aires), cuja construção colaborativa se faz durante a convivência criativa. No workshop, Isabel gera uma situação similar onde a convivência estabelecida durante 4 horas seja o espaço construtivo de uma obra coletiva. Propõe-se refletir/atuar sobre uma existência integral em liberdade, enriquecer a obra individual com novos sentidos, potencializar a imaginação e ativar processos criativos.


Local: VIS/UnB
Data/horário: 20 de março | das 14h às 18h     
Público-alvo: artistas e interessados com mais de 18 anos
Vagas: 
15
 MATIAS MONTEIRO
Por uma estética museal

O museu, para além de um fenômeno histórico e social, constitui também um fenômeno estético moderno. Nesse encontro o artista propõe uma reflexão conceitual que examine o museu não apenas como instituição política e educativa, mas também como um exercício poético e afetivo do olhar.
Local: VIS/UnB
Data/horário: 21 de março | das 8h30 às 12h30
Público-alvo: maiores de 18 anos
Vagas: 25


STUDIO PUBLIC
Block Party

Peças encaixáveis e empilháveis trazendo imagens de elementos arquitetônicos de Brasília e subúrbios convidam os participantes a atuarem como urbanistas construindo cidades-modelo. O workshop oferecido por Julie Guiches, Benoit Lorent e Marise Cardoso busca reconhecer locais e elementos arquitetônicos, imaginar construções utópicas ou realistas, trazer o verde e construir pequenas vilas ou estruturar metrópoles e grandes torres. Um mapa da cidade de Brasília será usado como base para esta simulação.

Local: CCBB Brasília
Data/horário: 21 de março | das 14 às 18h
Público-alvo: crianças e adultos
Vagas: 
20

CARLA BARTH
Práticas artísticas - Exercícios a partir dos jogos históricos surrealistas
A artista retoma os jogos coletivos criados pelo movimento surrealista francês de 1925, que tem como base o trabalho em grupo, a espontaneidade, o lúdico e o intuitivo. Propõe trabalhar na linha do desenho com recorte e fotocópias em duas etapas: a primeira coletiva (rompendo a autoria) e a segunda individual (buscando a autoria). Haverá ainda uma breve explanação do contexto histórico no qual foram criadas essas práticas para entender o espírito da época.

Local: VIS/UnBData/horário: 22 de março | das 14h às 18h
Público-alvo: artistas e professores da área de humanas
Vagas: 
15


LIA CHAIA
Instalação

Aborda questões relacionadas à “instalação”, de modo a caracterizar uma das principais linguagens da arte contemporânea. Serão analisadas as possibilidades da concepção e realização que fundamentam a instalação, considerando um único fluxo que vai do corpo passando pela paisagem até a arquitetura. Pretende propiciar o entendimento do significado da instalação, nos seus aspectos históricos e teóricos. Paralelamente, incentiva a prática, com a produção da maquete de um provável projeto de instalação.
Local: VIS/UnBData/horário: 22 de março | das 18h30 às 22h30
Público-alvo: artistas e professores da área de humanas
Vagas: 
15

EDUARDO SRUR
Caiaque

Deslocamento do grupo interessado para o píer dos pescadores, na ASA Norte da cidade. Os participantes farão um passeio de caiaque no lago Paranoá com duração de 1h e haverá uma conversa com o artista
no píer. O objetivo será promover uma mudança de olhar no espectador em
relação à paisagem urbana e construir uma experiência vivencial no grupo com elementos - caiaques, água, natureza -, que fazem parte da poética criativa de Srur.  "O artista vê a mesma coisa de outra forma."
Local: Píer dos pescadores (calçadão da Asa Norte, final da L2)
Data/horário: 23 de março | das 16h às 20h
Público-alvo: interessados
Vagas: 05

CABEÇA NUVEM
Reflexão em torno do Play (Rouba Bandeira)

Os artistas Igor Vidor e Guilherme Teixeira apresentam pesquisa e reflexão sobre o termo "Play" (jogar, brincar, tocar, interpretar), junto com ações poéticas no próprio espaço do trabalho montado no CCBB.  O segundo momento da ação consiste em um grande jogo/brincadeira, o "Rouba Bandeira".
 
Local: CCBB Brasília
Data/horário: 24 de março | das 14h às 18h
Público-alvo: A partir de 18 anos, professores de arte, pedagogia e universitáriosVagas: 60


Realização: Centro Cultural Banco do Brasil
Idealização e Produção: Ateliê Aberto
Curadoria: Maíra Endo e Samantha Moreira

ASSESSORIA DE IMPRENSA:
BLOCO C COMUNICAÇÂO INTEGRADA
Cristiano Bastos
Telefones: (61) 3201-4532/9922-0130

Serviço:
Daquilo que me Habita
24 de março a 13 de maio de 2012
Centro Cultural Banco do Brasil
SCES, Trecho 2, Conjunto 22 – Brasília (DF)
Tel:  (61) 3108-7600       | ccbbdf@bb.com.br
Horário de visitação: terça a domingo, das 9h às 21h.
Bilheteria e Informações: 3108-7600 (de terça a domingo, das 9h às 21h)
Programa Educativo: 3108-7623/7624

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